25 maio 2017

Medalhas das Olimpíadas Rio 2016 estão enferrujando, oxidando, e se tornando sucata

Informações oficiais:

Foi produzido um total de 2.488 medalhas para a Olimpíada, todas elas com 85 milímetros de diâmetro e peso de 500 gramas – as medalhas mais pesadas das Olimpíadas de verão.

Cada uma das 812 medalhas de ouro contém 6 gramas de ouro (o mínimo requisitado pelo Comitê Olímpico Internacional). Os 494 gramas restantes são de prata com 92,5 de pureza, de acordo com a Casa da Moeda.

Cada uma das 812 medalhas de prata contém 500 gramas de prata esterlina e valem US$ 305. As 864 medalhas de bronze contêm 475 gramas de cobre (95%) e 25 gramas de zinco (5%). As medalhas de bronze têm pouco valor intrínseco.

 

Menos de 1 ano após a realização dos Jogos, centenas de atletas estão reclamando que suas medalhas estão simplesmente descascando e manchando sozinhas. A matéria jornalística sobre o assunto pode ser lida aqui: http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/atletas-brasileiros-reclamam-de-defeitos-nas-medalhas-da-rio-2016-e-cogitam-troca.ghtml

 

Fica muito evidente que as medalhas, produzidas na Casa da Moeda do Brasil, não seguiram as especificações oficiais do Comitê Olímpico Internacional. Ao que parece, há uma camada de eletrorrevestimento nas mesmas, de má qualidade, insuficiente, muito fina.

Ouro: Medalhas são de Prata “esterlina” banhadas a ouro. Pra estarem ficando verdes, é porque há cobre ou bronze na composição. Ele deveria estar ali?

Prata: Medalhas deveriam ser de Prata “esterlina” (.925 ?) maciça. De forma alguma deveriam estar enferrujando ou descascando. Vez em quando são desenterradas moedas de Prata da época colonial do Brasil, peças que ficaram debaixo da terra recebendo umidade e toda sorte de agentes de deterioração, e nem assim essas peças começam a corroer. O mesmo ocorre moedas de Prata do Império Romano. Estão incólumes, apenas com a pátina natural. Por óbvio, já que prata é um metal nobre e não enferruja.

Bronze: Medalhas deveriam conter 475 gramas de cobre (95%) e 25 gramas de zinco (5%). Igualmente, jamais deveriam estar enferrujando. Fica óbvio que não é esta a composição real das peças.

Isso é um caso muito sério.

812 medalhas de prata + 812 medalhas de ouro (que deveriam ser prata banhada em ouro), são 1624 medalhas, e cada uma pesando 500 gramas, total de 812 kilos de prata “esterlina”, acima de titulagem .900. Está claro que esta prata toda não está nestas peças e com tantos escândalos de corrupção e desvios ocorrendo na política e nas instituições do governo federal, creio que aqui temos mais um. Onde foram parar esses 812 kilos de prata? Nas medalhas, não estão. Estas são apenas lixo, sucata. Se calhar, não servem nem como material para reciclagem.

Esse escândalo afeta DIRETAMENTE a numismática brasileira, já que há diversos colecionadores que adquirem as medalhas comemorativas, igualmente fabricadas e comercializadas pela Casa da Moeda do Brasil, e inclusive as moedas de coleção. Pra citar um exemplo, há relatos de colecionadores de que as moedas comemorativas olímpicas de 1 Real, cunhadas em método “brilliant uncirculated” e que estão acondicionadas em blisters oficiais, também estão manchando e descascando sozinhas. E não é por manuseio inadequado, já que a peça fica lacrada dentro do blister. Como confiar que a peça adquirida possui realmente a composição descrita?

Centenas de atletas estão devolvendo as medalhas para a Casa da Moeda, que se manifestou dizendo simplesmente que os descascados são “devido ao mal manuseio”. A quem querem enganar, afinal? Já está na hora de privatizarem esta estatal. Faz-se mister uma perícia nas peças, e a abertura de uma CPI na Casa da Moeda a fim de investigar o que houve e punir severamente os responsáveis.

13 maio 2017

Moeda «10 Cruzeiros 1975 – 10 anos do Banco Central»

 

 

Trata-se de moeda comemorativa em Prata emitida pelo Banco Central do Brasil, em comemoração aos seus 10 anos. No anverso, o busto do fundador do Banco, o mal. Humberto de Alencar Castello Branco. No reverso, o valor facial e o logotipo do Banco Central.

A moeda vinha acondicionada em uma cartela, e é justamente a cartela o motivo dessa postagem. (Imagens da cartela retiradas do site http://www.moedasdobrasil.com.br/moedas/castelo.asp

 

 

 

 

Na hora da compra, é preciso observar:

1) A CARTELA: Deverá estar em perfeitas condições, sem pontos de “ferrugem de papel” (que, sabem bem os filatelistas, são fungos que decompõem a celulose do papel), sem rasgos. A folha interna de PVC onde a moeda fica inserida não deve estar amarelada.

2) A MOEDA: A mesma fica acondicionada em um pequeno bolso na folha de PVC, e geralmente é encontrada com a famosa gosma verde (ácido sulfúrico) proveniente da decomposição do PVC, que corrói lentamente a peça. Muitas das peças atualmente sofreram algum tipo de limpeza e é preciso observar, com uma boa lupa, à procura de “hairlines”, ou seja, pequenos arranhões e riscos que qualquer sinal de limpeza inevitavelmente deixa nas moedas.

É extremamente difícil de encontrar essa emissão antiga (ano 1975) em perfeitas condições.

Caso encontre: o ideal para armazenamento é retirar a moeda do bolsinho de PVC da cartela, inserindo-a em um coin holder adesivado ou cápsula acrílica. A cartela deve ser protegida dos elementos atmosféricos com um saquinho do tipo «Ziploc».

Em tempo: O conjunto deverá estar COMPLETO: Cartela e moeda. Emissões comemorativas que faltem algum dos elementos (p.ex., a cartela original, ou estojo original, o certificado de autenticidade, quando existente) devem sempre ser evitados, exceto se o valor for muito inferior ao do conjunto completo.

11 maio 2017

Qual é a necessidade disto??

 

Fotografia de página do último boletim da «Sociedade Numismática Paranaense»


Recebi isto semanas atrás e achei absolutamente ridículo e inacreditável. Uma palhaçada. A pedidos de três amigos numismatas, dois deles membros da SNP, vou expor a minha opinião sobre o assunto:

A pessoa mencionada – Fernando Dias Antunes – conhecido nos meios numismáticos como “Bentes”, ou “Fernando Bentes”, é o editor do Catálogo BENTES de moedas brasileiras, a quem respeito como NUMISMATA e pesquisador das nossas moedas. É um personagem que detém um grande conhecimento no assunto e seria figura óbvia em qualquer Sociedade Numismática que se preze, inclusive nas internacionais de alto renome. O Catálogo de moedas editado pelo mesmo é o melhor até então editado no Brasil.

Mas como eu disse, respeito-o como NUMISMATA. Como pessoa, como ser humano, a situação é outra. Já tive as minhas rusgas com o mesmo, não gosto de sua pessoa – o ser humano por trás do numismata –, que possui certas atitudes que não gosto e não aprovo, (não de falha de caráter, mas sim pelo mesmo ser um “cabeça dura” que não aceita opiniões divergentes – Vide os comentários no post sobre a moeda 1 Real 1997 Bromélia que tivemos aqui no blog), penso que o mesmo não é flor que se cheire, e eu não sou o único. O sr. Fernando tem certas atitudes grosseiras nas redes sociais e também pessoalmente nos encontros numismáticos que são desaprovadas por uma grande gama de colecionadores, por diversos motivos e razões que não cabem mencionar aqui (até porque são problemas dele, e não meus).

É público e notório que o sr. Fernando também tem tido nos últimos tempos debates bastante acalorados com o presidente desta tal “SNP”. Sobre esse sujeito, trata-se de uma criatura com nome de Fast-Food árabe a quem não me darei ao trabalho de sequer mencionar o nome em meu blog, e espero jamais passar por perto em encontros numismáticos, simplesmente por ser uma figura numismaticamente nula, de conhecimentos numismáticos rasos e incipientes e de uma arrogância desmedida, um verdadeiro dinossauro da numismática, alguém que parou no tempo, tratando-se única e tão somente de um mero comerciante de moedas que utiliza a banca da referida “SNP” para dar um suposto pedigree para a comercialização de suas moedas anunciadas sempre um ou dois Estados de Conservação acima da realidade. É alguém que, como Presidente de uma Sociedade Numismática, tem o arrepio de dizer que “quem nunca comprou nada com ele, será removido de seu grupo numismático”. E removeu centenas de pessoas, numa atitude exatamente contrária a que deveria ser a de um Presidente de Sociedade Numismática, que é o de AGREGAR os interessados no assunto. Quem não concorda com as sandices postadas pelo mesmo em seu grupo, tem sua postagem apagada e é igualmente removido. Além do mais, como Presidente de uma Sociedade Numismática, faz a sacanagem – perigosa – de enviar as listas de endereços residenciais particulares dos sócios da SNP a terceiros. É um sujeito que já está passando da hora de sofrer um Impeachment de seu cargo.

Em um destes debates, sobre as Moedas Obsidionais Holandesas, o (ainda!) tal presidente da tal associação defende que as mesmas sejam “medalhas” e o sr. Fernando, “as primeiras moedas do Brasil”, posição esta da qual compartilho. Sempre estes debates terminam da mesma forma: Com rusgas, palavras irônicas, extremamente ácidas e de desdém um para com o outro, e no final, como ninguém puxou o saco de ninguém, os posts são apagados. É até engraçado.

Não somos obrigados a gostar de todas as pessoas, isso é evidente… mas aqui estamos lidando com Sociedades Numismáticas, cujo objetivo PRIMORDIAL é  a UNIÃO DE NUMISMATAS e deveria estar em primeiro lugar a divulgação do colecionismo, a cultura, o conhecimento, a ciência por trás das cédulas e moedas, a publicação de artigos e estudos profundos de cunho histórico, artístico, cultural, sobre numismática… e não o mero suposto status de se pertencer a alguma “maçonaria moedeira”, e menos ainda o mero comércio de moedas velhas em encontros onde sequer sabem manusear as mesmas (o fazem sem utilização de luvas, como se fosse uma feira de verduras), e, o que é pior, uma guerrinha de egos ridícula.

Por isto mesmo eu pergunto: Qual o intuito de se expor alguém – quem quer que seja - em um boletim pra todos os associados  (e até não associados, como eu) verem alguém como “indeferido por unanimidade” (um nome pomposo para EXPULSO COM DESONRAS)???

Qual a necessidade disto, afinal? Porquê essa exposição negativa gratuita? Será que foi porque perdeu FEIO, foi massacrado no debate sobre as Moedas Obsidionais Holandesas?

Como disse, não gosto do sr. Fernando (Bentes), mas jamais concordarei com este tipo de atitude de expor as pessoas dessa forma, seja de quem for. Isto é uma mancha pública na reputação do “indeferido” e também na do responsável pela publicação e na da associação numismática que utiliza seu espaço em boletim para publicar tal coisa. Garanto que se fosse comigo, o corpo jurídico de minha empresa entraria em ação imediatamente pra reparar tal injúria nos tribunais. Além do mais, isto não combina com a numismática, um dos mais nobres hobbies da humanidade, uma ciência de elevado nível cultural.

Em outras palavras mais diretas, como numismata sério e estudioso do assunto, (como pretendo ser um dia), não me interessa saber dos azedumes entre as pessoas, e sim de publicações novas sobre moedas, e por isso mesmo achei a atitude da SNP em publicar este “desligamento” com seus “motivos” um tanto quanto nojenta, bizonha, sem necessidade alguma.  Uma palhaçada sem limites, de um amadorismo inacreditável. Ficou parecendo atitude de lavadeiras de rio que ficam fofocando a vida alheia em público. Quem muito quer mostrar “poder”, acaba perdendo-o um dia. É uma asquerosidade sem fim que não tem nada a ver com a numismática, e sim com o afago do egos de alguns seres que, como já disse, são numismaticamente nulos.

Então fica aqui registrado o meu voto de protesto como numismata, contra a publicação de tais coisas que deveriam ser INTERNAS às sociedades numismaticas, (somente diretoria), e minha solidariedade ao sr. Fernando Antunes (Bentes) neste caso. Além do mais registro publicamente que jamais farei parte dessa referida sociedade sediada em Curitiba-PR, pois o meu repúdio para com tais atitudes é total e absoluto.